Desde janeiro de 2010, os escritos de Freud alcançaram estatuto público, tornando-se, assim, 70 anos após a sua morte, “bens não susceptíveis de apropriação privada”. A historiadora e psicanalista Elizabeth Roudinesco repassa, com seu conhecido rigor, os episódios que marcaram as trajetórias das mais diversas traduções desses escritos. E afirma que “esta é uma oportunidade para analisar as questões históricas e doutrinais desta nova batalha freudiana, e dar voz aos tradutores”.
É nesse contexto que o estudioso da obra freudiana Sergio Sklar traduz do original alemão 15 trechos, nos quais aparecem elementos que justificam o que Pfister denominou, em 1920, de “psicanálise pedagógica” (Pädanalyse), revelando, assim, uma preocupação da psicanálise com a formação humana.
De forma cuidadosa, Sklar nos apresenta, no livro A pedagogia freudiana, o encontro entre Freud e Oskar Pfister (fotos na capa), inaugurando o diálogo entre psicanálise e pedagogia. O autor realça que, no intercâmbio estabelecido entre os dois pesquisadores, há mais elementos de identidade do que de diferenças teóricas.
Sobre o autor:
Sergio Sklar, doutor em Filosofia (USP), Professor-Adjunto do Departamento de Estudos da Subjetividade Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Faculdade de Educação-DESF-UERJ), Membro da Sociedade Internacional de História da Psiquiatria e da Psicanálise (Paris). Autor de diversos livros e artigos sobre filosofia, filosofia-psicanálise e filosofia-educação.
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