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Livros da literatura brasileira que você não pode deixar de ler!

A literatura brasileira é composta por um manancial de obras-primas. Possui obras que já foram traduzidos em mais de 60 idiomas. Por isso, decidimos compor uma lista com 10 dos livros que você não pode deixar de ler!

“Dom Casmurro”, de Machado de Assis

O clássico Dom Casmurro, de Machado de Assis, conta a história de um triângulo amoroso composto pelo narrador Bento Santiago, pela sua esposa Capitu e pelo melhor amigo do narrador, Escobar. A pergunta que perdura até hoje na literatura brasileira permanece sem resposta: Capitu traiu ou não traiu Bentinho? Um ciumento inveterado, Bentinho via nos gestos da esposa possíveis sinais de que ela estaria tendo um caso com o seu amigo de infância. Mesmo após a morte do amigo, Bentinho segue assombrado pela desconfiança. Ainda no velório ele interpreta o olhar de Capitu em direção ao morto como um olhar apaixonado.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis

O romance foi desenvolvido em formato de folhetim, com um episódio a cada edição da Revista Brasileira, de março a dezembro de 1980. Foi traduzido para mais de 10 línguas e conta a vida de um homem, que resolve narrar suas memórias depois de morto. Uma desconstrução do Brasil, por meio da ironia, que escancara a hipocrisia da nossa elite dirigente no século 19. Machado de Assis dá voz a um narrador defunto que, longe da vida social, pode zombar do caráter das pessoas com quem conviveu. O romance também é importante por se valer de novas técnicas narrativas, fazendo-se a obra mais inovadora daquele século.

“Capitães da Areia” – Jorge Amado

A obra do escritor baiano está entre as mais lidas do mundo. O livro conta a difícil vida de um grupo meninos de rua de Salvador, na Bahia, nos anos 30. Publicado em 1937, já foi traduzido para cerca de 48 línguas e adaptado para o cinema, teatro, rádio e televisão.

“A Hora da Estrela” – Clarice Lispector

O livro é o último e o mais famoso da autora e descreve o dia-a-dia da vida de uma nordestina órfã, que parece não ter nenhum qualidade. Com um discurso regionalista, Lispector mostra a alagoana tentando fugir da miséria e revelando os conflitos internos, os valores em uma aparente vida simples e sem emoção. Lançado em 1977, foi adaptado para o cinema em 1985.

“Grande Sertão: Veredas” – Guimarães Rosa

O autor mostra o sertão de um forma subjetiva e profunda e discute questões de regionalidades, mas também a condição humana e as mazelas da vida. Publicado em 1956, o livro com mais de 600 páginas e sem capítulos já foi traduzido para diversas línguas. O narrador da história é Riobaldo, um jagunço do interior do nordeste que acompanha um bando em lutas travadas pelo sertão. Riobaldo apaixona-se por Diadorim, um dos membros do bando, e sofre calado por achar que estava encantado por um homem.

“Macunaíma”, Mário de Andrade

O mais divertido retrato do Brasil como um país que vive contemporaneamente em todas as idades do continente, no período pré-cabralino, no Brasil dos viajantes estrangeiros, na Colônia, no Império e na modernidade. O grande feito do livro é transformar as características do homem nacional tidas como defeitos em elementos positivos de nossa identidade malandra, ao mesmo tempo em que elege a pilhagem nos documentos como uma forma de invenção selvagem.

“Triste fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto

Policarpo Quaresma é o protagonista do romance de Lima Barreto passado no Rio de Janeiro no final do século XIX. Considerado uma obra pré-modernista, o livro conta a história de um patriota ufanista que faz de tudo para louvar o que é nacional. Policarpo consegue alcançar o cargo de subsecretário do Arsenal de Guerra e se radicaliza cada vez mais em nome da sua paixão: passa a comer apenas comidas típicas brasileiras, aprende modinhas nacionais no violão e decide se comunicar em tupi-guarani.

“Pauliceia Desvairada” – Mário de Andrade

Outra literatura nacional muito conhecida no exterior é a obra de Mário de Andrade, de 1922, marco para o Brasil e para o modernismo. O livro fala sobre a cidade de São Paulo, sua estética, sua realidade social e suas opiniões e chegou a ser traduzido para o inglês poucos anos após sua publicação no Brasil.

“A hora da estrela”– Clarice Lispector

A hora da estrela é uma das preciosidades compostas pela escritora Clarice Lispector. O narrador Rodrigo S.M, conta a história de Macabéa, uma nordestina que vive sozinha no Rio de Janeiro. Sem ser especialmente qualificada nem bonita, Macabéa é uma jovem alagoana de 19 anos que sempre passa despercebida. No Rio de Janeiro, trabalha como datilógrafa, vive em um quarto, come ao almoço cachorro-quente com Coca-Cola e, nas horas vagas, ouve rádio. Um belo dia conhece um também imigrante Olímpico, e começam a namorar. O rapaz, metalúrgico, trata-a muitíssimo mal, e, por fim, a troca por uma colega, Glória. Desesperada, Macabéa procura uma cartomante, a senhora diz que o destino da jovem irá mudar depois de conhecer um estrangeiro rico. Assim que sai da cartomante, repleta de esperança, Macabea atravessa a rua e é atropelada por uma Mercedes-Benz. Ninguém oferece ajuda e a moça morre na hora, na calçada.

“Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto

A criação de João Cabral de Melo Neto é a primeira da lista composta exclusivamente em versos. Considerada pela crítica como uma obra regionalista e modernista, o livro conta a história de um retirante nordestino chamado Severino.

1 Comentário

  1. Mailson Ramos

    São livros espetaculares. De todos os que li, Dom Casmurro é o mais marcante. Adicionaria a esta lista Vidas Secas, de Graciliano Ramos. A obra retrata a vida miserável de uma familia de retirantes em sua peregrinação pelo sertão nordestino. Uma das obras singulares do modernismo literário brasileiro, Vidas secas é um retrato atual, emocionante e cruelmente verdadeiro sobre o Brasil.

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