E no Dia do Nordestino, prestamos uma homenagem ao incrível Jorge Amado. O jornalista foi um dos maiores representantes da literatura brasileira modernista, com uma obra marcada pelo regionalismo e pela denúncia social. Jorge Leal Amado de Faria nasceu no dia 10 de agosto de 1912, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, no sul do Estado da Bahia, mas viveu sua infância em Ilhéus (BA), e, desde jovem se envolveu com o mundo das letras, dando início a sua trajetória escrevendo para o jornal Diário da Bahia.
Contestador desde sempre, fundou a “Academia dos Rebeldes”, grupo de jovens artistas empenhados em renovar a literatura baiana. Já no Rio de Janeiro, publicou seu primeiro romance, com apenas 19 anos, intitulado “O País do Carnaval”, em 1931.
Militante político, foi preso duas vezes por apresentar ideais socialistas e comunistas sendo, assim, exilado do país. Chegou a morar em países como: Argentina, Uruguai, França e República Tcheca. Foi casado com a escritora Zélia Gattai, com quem teve dois filhos. Em 1955, decidiu se afastar da militância política para se dedicar totalmente à literatura, sendo o ocupante da cadeira 23, na Academia Brasileira de Letras, desde 1961.
Amado possui uma vasta obra literária, com aproximadamente 45 livros publicados entre romances, poesias, contos, crônicas, peças de teatro e literatura infantil. Sua obra foi traduzida para 50 idiomas, sendo, portanto, um escritor reconhecido mundialmente. Na lista dos mais conhecidos, figuram livros como: “Capitães da areia”, “Gabriela, cravo e canela”, “Mar morto” e “Tieta do Agreste” (1977). Jorge Amado é o autor mais adaptado da televisão brasileira, uma vez que suas obras inspiraram novelas e minisséries, principalmente da TV Globo, com destaque para “Dona Flor e seus dois maridos”. Depois de Paulo Coelho, a obra de Jorge Amado é a mais vendida no exterior. O escritor morreu na capital baiana, Salvador, no dia 6 de agosto de 2001, com 89 anos.