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Da beleza dos cabelos crespos ao racismo inconsciente

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Descrição

Em 1962, se registrou um dos mais importantes e icônicos discursos do líder negro Malcolm X para uma plateia atenta intitulado: “Quem te ensinou a odiar a si mesmo?” Apesar de passados 40 anos até hoje as frases “Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo? Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele? Quem te ensinou a si odiar da cabeça aos pés? Definem perguntas e estágios de consciências que precisamos responder se quisermos enfrentar as estruturas e as desigualdades da nossa história. A obra que tens em mãos é mais um esforço intelectual e teórico para desvendar as dinâmicas do racismo no Brasil.
O escritor, pesquisador Carlos Moore em um livro chamado “Racismo e Sociedade: Novas bases epistemológicas para a compreensão do Racismo na História” vai defender que o racismo é um tipo de consciência histórica, que visa organizar a realidade social para promover aos brancos, o acesso prioritário a todos os elementos (material, simbólico e psicológico) dispostos em um território. Quando analisamos a ideologia que escamoteia a dinâmica de dominação racial no Brasil, veremos que é através da ideia de “Democracia Racial”, que o racismo vai continuar estruturando a realidade social, promovendo as desigualdades e as barreiras de cor. Nessa ideologia a cor é o elemento ausente, que sustenta o esqueleto da realidade nacional. Na ideia de que somos todos iguais e que não temos ódio racial, todos os índices que demonstram uma brutal distância entre negros e brancos, vão se diluindo e nunca enfrentamos este que é o problema central da sociedade brasileira. Ao contrário dos brancos brasileiros, precisamos nos perguntar: “Quem nos ensinou a odiar o que Deus nos deu?”
Nosso cabelo, fenótipo, cultura, espiritualidade, sempre foram alvos da dominação racial. Para colonizar, é preciso inferiorizar o colonizado, consciente ou inconscientemente. Para escravizar, foi preciso tornar o negro destituído de humanidade, de cidadania e de dignidade. Essa é a nossa história e este livro é um esforço teórico para desmontar o que ainda há de ideologia da democracia racial na educação e nas narrativas sociais sobre a aparência negra. Até que possamos passar do ódio, ao amor total pela nossa presença.

 

Jonathan Raymundo

Sobre o Autor:

Mauro Fernandes é sociólogo, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ), Mestre em sociologia da educação pela Universidade Católica de Petrópolis. Doutorando em educação e pós-graduado em gênero e diversidade e em gênero e sexualidade pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professor da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC-RJ), na qual foi Superintendente Estadual de Educação. Foi Diretor do C. E. Presidente Dutra e do CIEP Mª Joaquina de Oliveira. Coordenou o Centro de Referência de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública – RJ (SESEG). Na militância política contribuiu com os debates do Estatuto da Criança e do Adolescente, com a I Conferência Mundial contra as Discriminações Raciais e a Xenofobia, na África do Sul, pelo Centro de Articulação das Populações Marginalizadas (CEAP). Contribuiu ainda com o Estatuto da Igualdade Racial. Trajetória que fundamentou a autoria do livro Raça e Gênero na Educação: a cor e os cabelos na construção da identidade da mulher. O qual está sendo reeditado numa versão mais concisa visando, não só o público acadêmico da educação, mas também, a militância negra, e com um novo título: Da Beleza dos Cabelos Crespos ao Racismo Inconsciente.

Informação adicional

Peso 400 g
Dimensões 14 × 1 × 21 cm
ISBN

Autor

Mauro Fernandes

Páginas

142

DEGUSTAÇÃO

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