Quando a letra não cabe no alfabeto: um ensaio sobre alfabetização & letramento

Descrição

                                                           Paulo Freire

 “… Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.” (2001: 15).

Trata-se de um livro que poderá servir para os educadores em suas ações pedagógicas de ensino e aprendizagem com os seus alunos ao Letrar e Alfabetizar.

Percebe-se a grande dificuldade dos educandos em produzir textos seguindo a norma culta. Na verdade, a reflexão é que os alunos não sabem diferenciar a linguagem oral da linguagem escrita na elaboração de seus textos; apresentando, assim, um grande desafio para nós, professores, e para os próprios alunos, pois os “obstáculos” encontrados vão ser vivenciados pelos dois lados. Sendo nós (educadores) a “figura” na qual os pais depositam total confiança para sanarmos tais dificuldades, uma vez que o nosso “papel” nos dias de hoje, não é apenas ensinar, mas sermos o “condutor” que facilitará a aprendizagem, a cobrança é muito grande. Contudo, estamos em constante busca de um “método”, uma “forma” a ser trabalhada, que nos auxilie nesta função que é a de sermos educadores.

Nessa fase de transição, verifica-se ainda o não domínio da linguagem escrita, que não se pode pensar em alfabetização, distanciando das práticas de letramento ─ criado para designar o estado ou condição de um indivíduo que não só sabe ler e escrever ─ não só é alfabetizado ─ mas também sabe (e tem prazer em) exercer as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive. Então, o que significa aprender a ler e escrever?  Cremos que as possíveis respostas para tal questionamento estejam presentes no ato de alfabetizar-se, adquirir a “tecnologia“ do ler e escrever.

A alfabetização e o letramento são conceitos distintos, porém se integram para ascender o processo de aprendizagem da criança ou adulto de forma mais ampla, em que alfabetizar letrando significa decodificar e codificar a língua escrita, mas introduzir a compreensão real da palavra no contexto social.

Sobre a Autora:

Cristiane Alves dos Anjos Silva, é mestrada do curso Ciências da Educação pela UAA – Universidade Autônoma de Assunção, Paraguai; Pós-graduada em Língua Portuguesa, Linguística e Produção de Texto pela UNESA – Universidade Estácio de Sá(2007); graduada em Letras – Literaturas de Língua Portuguesa pela UNESA – Universidade Estácio de Sá(2007). Escreveu o Artigo: Transtorno do Espectro Autista –TEA e inclusão na Educação Infantil: um estudo observacional sobre desafios do professor em sala de aula, publicado na Revista Scientia Generalis(2022). Especializando-se em Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa; Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade FECAF – SP(2022). Tem experiência na área de educação como especialista em Língua Portuguesa, Linguística e Produção Textual com ênfase em Alfabetização e Letramento. É professora de Educação Infantil da SME – Secretaria Municipal de Educação do RJ.