Descrição
Por estes contos eu vou passando com alguns vocábulos coloquiais nossos, ou seja, do ilhéu; passo com algumas lembranças mais os comportamentos peculiares, como a indolência e a irreverência do tipo nativo daí, o homem de ilha que vive “parado, pregado no meio da praia” espreitando a chegada da barca mensageira… É assim, à solidão dali, de onde ele mora acobertado por um teto de sapê ou de telha francesa tipo cupiá; a sua noite solitária com suas cachoeiras frescas a gorgolejar pela garganta da grota dos gambás. A não subserviência dele para com quem quer que seja… O ilhéu incansável de pés descalços…, sempre suspeitando do “Bicho-grileiro de costeira”, impostor que se apodera do seu caminho, e aí ele se posta com rudeza a defender o seu pedaço… O sincero, o franco com seus sintomas angustiantes, misteriosos, talvez causados pela vida rotineira e solitária dali, na verdade não se sabendo por qual razão… São aspectos dos meus contos singelos, mas interessantíssimos…
Sobre O Autor:
João Pedro de Oliveira (Pedro Barra) é da Ilha Grande, de 1952. Filho de pescador, formado em técnico de Edificações; sup. incompleto em Letras: português/inglês. Foi preso político no antigo DOPS, na Rua da Relação, Rio de Janeiro, ainda estudante; enquadrado na Lei de Segurança Nacional, por gritar “liberdade” pelas ruas do seu país, Angra dos Reis. Viúvo, “pai-mãe”, tem três filhos; tem dois romances publicados.
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